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Diagnóstico da Saúde na RMC indica necessidade do Hospital Metropolitano


Estudo apresentado ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), em evento realizado nesta sexta-feira (17), em Campinas, revela a necessidade da construção do Hospital Metropolitano, um dos projetos discutidos e aprovados pelo colegiado de prefeitos.


O levantamento sobre a saúde na RMC, elaborado pela Unicamp, integra um pacote de seis áreas estruturantes de coleta de dados e diagnósticos do projeto Infratech – Gestão Pública Inteligente, do Instituto Movimento Cidades Inteligentes (IMCI), que auxilia as ações do Conselho de Desenvolvimento.


O evento aconteceu no Royal Palm Hall e foi comandado pelo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC e prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis. A reunião contou com a presença do prefeito de Campinas, Dário Saadi, e de outros prefeitos, vereadores, deputados, secretários municipais e representantes de universidades.


Os secretários estaduais Jorge Lima, de Desenvolvimento Econômico, e Roberto de Lucena, de Turismo, além de José Police Neto, subsecretário de Assuntos Metropolitanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação, e do presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Rafael Cervone, também estiveram presentes.


“O resultado desse trabalho (da Unicamp) chegou à conclusão de que há a necessidade do Hospital Metropolitano. O Hospital de Clínicas da Unicamp está superlotado, já perdeu sua função principal, e a nossa ideia é que, em parceria com a Unicamp, que já tem uma área de 50 mil metros quadrados, se construa ali uma nova unidade com 400 novos leitos, um investimento de cerca de R$ 400 milhões com custo de manutenção de mais R$ 400 milhões, mas é essencial para podermos melhorar o atendimento à população”, disse Gustavo Reis.


O diagnóstico da saúde na RMC foi apresentado pelo professor Oswaldo Grassiotto, diretor executivo da área da Saúde da Unicamp. “Dados da Rede Regional de Atenção à Saúde15 (RRAS15) em 2021 indicam que 81% das internações nos hospitais da rede de saúde na Região Metropolitana de Campinas ocorrem em caráter de urgência.


A análise da evolução do número de leitos hospitalares SUS cadastrados de 2008 a 2021 indica uma queda progressiva nos leitos, de cerca de 19% até 2017”, explicou Grassiotto.


“Conforme se pode depreender das características da região e suas necessidades em saúde, um novo Hospital Regional Metropolitano localizado em Campinas se constitui em unidade de saúde que atenderá às expectativas de atendimento em saúde da população das cinco regiões de saúde e, em particular, da cidades da Região Metropolitana de Campinas e Circuito das Águas”, conclui o professor.


Já o secretário Jorge Lima destacou a necessidade da parceria do Estado com os municípios e de aceleração do processo de digitalização nas prefeituras. “Evoluímos na medicina, porém a estrutura de baixo está evoluindo muito pouco.


Não dá mais pra apostar em governos que não sejam digitais. Não dá mais pra ter papel transitando em hospital. Temos que acelerar o processo de levar tecnologia para fora do mundo do negócio. A capacidade de inovação é enorme”, disse o secretário.


A saúde é o primeiro de seis setores estruturantes que integram os estudos da plataforma Infratech. Os demais são: segurança, educação, saneamento básico, energia e mobilidade, que também terão diagnósticos municipais apresentados ao longo deste ano.


“Através de diagnósticos elaborados para cada município, desenvolvidos em parceria com universidades e outros institutos, os dados coletados vão permitir a elaboração de diretrizes regionais e locais para uma melhor formulação de políticas públicas. Isso fará com que os municípios possam priorizar as demandas e até mesmo se antecipar a elas, por meio de planejamento estratégico. O resultado é mais qualidade de gestão e de serviços”, afirmou Luigi Longo, presidente do Instituto Movimento Cidades Inteligentes.


INFRATECH


A plataforma Infratech foi lançada em 2022, pelo Conselho de Desenvolvimento da RMC, com o objetivo de desenvolver os municípios com foco em inovação, economia, eficiência e transparência. O projeto já conta com a certificação de 44 representantes das prefeituras que participaram do curso Infratech e estão aptos à sistematização da coleta de dados, com segurança e de maneira normatizada.


O objetivo do Infratech é sensibilizar os agentes públicos para o entendimento dos benefícios que o adequado gerenciamento de dados pode trazer aos municípios e o impacto evolutivo que a tecnologia pode oferecer.


Fotos: Ivair Oliveira

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